Hackers éticos vs. hackers criminosos: qual a diferença?
Quando ouvimos a palavra hacker, muitos logo pensam em criminosos que invadem sistemas para roubar dinheiro ou dados. No entanto, nem todo hacker atua de forma ilegal. Na verdade, existem dois tipos principais: os hackers éticos e os hackers criminosos. Embora ambos possuam conhecimentos avançados de informática e segurança digital, os objetivos e a forma de atuação diferem profundamente.
O que são hackers éticos?
Os hackers éticos, também conhecidos como white hat hackers (chapéu branco), utilizam suas habilidades de forma legal e construtiva. O seu papel principal é proteger sistemas contra ataques cibernéticos.
Características principais:
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Trabalham com autorização de empresas, governos ou organizações.
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Identificam falhas de segurança em redes, sites ou aplicações.
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Realizam testes de invasão (penetration testing) para antecipar ataques.
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Contribuem para o fortalecimento da cibersegurança.
👉 Exemplo: Uma empresa contrata um hacker ético para testar a segurança do seu sistema de pagamentos online. Se ele encontrar uma vulnerabilidade, alerta a empresa para que ela corrija antes que criminosos explorem a falha.
O que são hackers criminosos?
Os hackers criminosos, também chamados de black hat hackers (chapéu preto), usam as suas competências para ganho próprio ou para causar danos. As suas ações violam a lei e podem ter consequências graves para indivíduos, empresas e até governos.
Características principais:
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Invadem sistemas sem permissão.
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Roubam dados pessoais, financeiros ou empresariais.
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Criam e espalham vírus, ransomware e outros tipos de malware.
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Podem vender informações roubadas na dark web.
👉 Exemplo: Um hacker criminoso invade o banco de dados de uma empresa e rouba dados de clientes, vendendo essas informações a outros criminosos ou exigindo resgate.
Hackers éticos x Hackers criminosos: comparação
Aspecto | Hacker Ético (White Hat) | Hacker Criminoso (Black Hat) |
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Objetivo | Proteger e fortalecer sistemas | Obter ganhos ilegais ou causar danos |
Legalidade | Atuam com permissão e dentro da lei | Atuam de forma ilegal e clandestina |
Impacto | Reduz riscos, aumenta a segurança | Prejudica indivíduos e organizações |
Exemplo de atuação | Testes de penetração autorizados | Roubo de dados, ransomware, fraudes |
Existe um “meio-termo”?
Sim. Há também os chamados hackers cinzentos (grey hat hackers), que ficam no meio do caminho. Eles podem invadir sistemas sem permissão, mas não com o objetivo direto de roubar ou causar danos. Muitas vezes, apenas para mostrar que existe uma falha. Ainda assim, essa prática é considerada ilegal, mesmo que a intenção não seja maliciosa.
Conclusão
Os hackers éticos e os hackers criminosos têm as mesmas habilidades, mas escolhas diferentes. Enquanto uns atuam como defensores da segurança digital, outros exploram vulnerabilidades para fins ilegais. Com o crescimento dos crimes cibernéticos em Moçambique e no mundo, a presença dos hackers éticos torna-se cada vez mais fundamental para proteger dados, empresas e cidadãos.